
A combinação de álcool e direção continua resultando em acidentes fatais. Para se ter uma ideia, se tornaram a primeira causa de morte de jovens entre 14 e 29 anos e vitimam mais de 40 mil pessoas anualmente no Brasil.
Na reunião da Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, desta quarta-feira (13/09), foi aprovado um projeto (PLS 01/2008) que torna crime hediondo os acidentes com vítimas fatais provocados por motoristas alcoolizados ou que tenha feito uso de substâncias psicoativas. A proposta é do senador Cristovam Buarque (PPS/DF) e segue para análise na Câmara dos Deputados.
Segundo os registros da Polícia Civil, do Detran e do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER) somente em julho de 2017, no DF, aconteceram 6,4 mil acidentes de trânsito, sendo 765 vítimas. O número registrado no primeiro semestre do ano passado chegou a 6,5 mil.
De janeiro a junho deste ano, ocorreram 116 mortes no trânsito. No mesmo período do ano passado, foram 191 mortes. Apesar da redução de 37,6% em mortes por atropelamento, de janeiro a julho 48 pessoas perderam a vida, contra 77 registros ocorridos no mesmo período de 2016.
Cristovam acredita que a caracterização de hediondo para o crime de trânsito associado à embriaguez e com vítimas fatais evitará a impunidade. “Poderá também servir para reduzir de maneira drástica a irresponsabilidade de pessoas alcoolizadas ou sob efeito de substâncias psicoativas na direção de veículos”, disse.