
“Tenho sofrido nessa jornada — que não poucas vezes pareceu-me inglória — toda a sorte de ataques. Resigno a meu destino, porque mesmo antes de começar sabia exatamente que haveria um custo por enfrentar esse modelo político corrupto e produtor de corrupção, cimentado por anos de impunidade e de descaso. Mas tudo isso para mim já se encontra nos escombros do passado. Os mortos, então, deixai-os a seus próprios cuidados. As páginas da história hão, certamente, de contar, com isenção e verdade, o lado que cada um escolheu para travar sua batalha pessoal nesse processo”,
Ainda durante seu último discurso no STF, Janot afirmou ter militado “até o último instante” na defesa dos compromissos assumidos, exaltou o “instituto da colaboração premiada” e elogiou o Supremo, afirmando que “não poderia me furtar a testemunhar publicamente a retidão desta casa”. Para o procurador-geral, a Corte foi “firme e respeitou as leis da Constituição, mas não se acovardou” diante da Lava-Jato.