“Que linda gravata essa sua! – ela exclamou, com uma excitação completamente desnecessária. Mais tarde entendi, no brilhar ofuscante dos seus olhos e no exagerado tom de voz, que ela era capaz de algo sobre o qual eu só ouvira falar em livros. Ela tinha a habilidade de, a partir da beleza, genuinamente encantar-se. Não só a partir daquela beleza absoluta, que nos arrebata a todos e nos encanta, redime. Não falo de pores-do-sol, boa música ou um bom filme. Ela encantava-se com botões de elevador, chaleiras, relógios de parede, gravatas de $19,99 e expressava em suas reações a mais absoluta gratidão por ter a oportunidade de apreciar tão pequenina felicidade”.
Evan H Pontes do Carmo