Nas páginas dos jornais deste domingo — ou em suas respectivas edições eletrônicas —, havia dois Deltans: o Dallagnol que é contador do Paraíso concedeu uma entrevista ao Estadão. Nunca houve homem mais reto do que ele. Ainda se atreve a falar como um missionário. Já o Dallagnol que está nos diálogos publicados pela Folha é um tantinho mais mundano, não é mesmo? Só em 2018, estimou em R$ 400 mil o ganho líquido com palestras, R$ 100 mil a mais do que recebeu como procurador — carreira que está no topo entre as funções de Estado. Mas, como evidenciam as conversas reveladas pelo “The Intercept Brasil” e pela “Folha”, Deltan quer muito mais. E faz planos, em parceria com Roberson Poz…
Mas, como evidenciam as conversas reveladas pelo “The Intercept Brasil” e pela “Folha”, Deltan quer muito mais. E faz planos, em parceria com Roberson Pozzobon, o Robinho, outro jacobino da operação, para aumentar os ganhos. Mais do que isso: ambos envolvem suas respectivas mulheres num plano para aumentar exponencialmente o lucro pessoal e privado decorrente de sua atividade pública sem levantar suspeitas. … –
E, ora vejam, esses são dois dos patriotas que respondem pela operação que destruiu parte considerável da classe política brasileira; que tem levado o Poder Judiciário a desrespeitar de maneira flagrante o ordenamento jurídico do país; que empurrou o Ministério Público para uma verdadeira militância em favor de ilegalidades; que tem destruído empresas e empregos com uma fúria impressionante; que transformou a boçalidade reacionária em uma espécie de norte moral.