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Obra ‘Histórias no Peito’ levou um mês para a conclusão e mostra o amor do profissional pela família. ‘Foi uma surpresa muito grande’, disse o morador da Grande Florianópolis após ver pintura.
A iniciativa foi organizada por uma empresa que trabalha com a curadoria de artistas e desenvolve projetos de intervenções culturais nas cidades. A artista convidada em Santa Catarina foi Gugie Cavalcanti de 28 anos. A grafiteira já havia pintado outro painel gigante, da deputada e professora Antonieta de Barros. Os dois ficam frente a frente e mostram vidas e histórias diferentes.
“Quando eu perguntei as histórias mais marcantes da vida do ‘Seu Mário’, estava sempre atrelado a este casamento de 36 anos. Essa batalha e luta de criar uma família. Ai eu falei, tenho que retratar isso. Eu precisava mostrar ali dentro do peito dele, toda essa história, todo esse afeto”, disse a artista.
O homenageado Mário Mariano de Assis e companheira Elza de Assis são retratados juntos com alguns dos netos.
“Foi uma surpresa muito grande. O próprio aplicativo [que trabalho] me deu um abraço dizendo, você está fazendo alguma coisa importante. Isso mostra que a felicidade está em pequenas coisas”, afirmou o motorista.
O processo de concepção da obra começou em 4 de dezembro. Nos dias seguintes, a artista e o motorista se encontraram para conversar e fazer as fotos que seriam usadas para formar o layout da obra.
“Eu dei uma provocada [durante a conversa] sobre a história do casal. Neste momento, a Elza deitou no peito dele e foi bem natural e bem bonito capturar aquele momento”, disse Gugie.
A inauguração ocorreu no dia 5 de janeiro. Além de mostrar a história de amor de Mário, a artista acredita que a obra também é uma forma de combater o racismo e o machismo.
“Acho que a nossa presença nos murais de forma afetuosa com autoestima, bem estar e dignidade é muito importante. A cada mural que faço reflete muito de nós nestes espaços e isso é muito importante[…] Também é importante trazer no homem essa relação de afeto com a família, porque temos aquele estigma do homem durão e provedor. Por isso, é interessante mostrar este lado emocional e afetivo”, finaliza a grafiteira.
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